Dúvidas geraisConstrução de contrapeso

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Edilson
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Construção de contrapeso

Mensagem por Edilson » 16 Out 2011, 02:19

Olá pessoal,

Estou reformando minha esquadrejadeira Acerbi, mas o sistema de regulagem de altura do disco de serra é baseado num fuso que movimenta, não só o mancal, mas também o motor, que é sustentado pelas correias (no caso, são duas). O problema disso é que girar o volante que levanta e abaixa o mancal acaba sendo uma operação muito cansativa, além do fato de forçar algumas peças, como o fuso, o volante (que é de plástico), etc..

Fiz algumas tentativas para solucionar o problema, mas estou tendo dificuldade em encontrar uma maneira de, pelo menos, aliviar um pouco o peso do motor. A primeira, usando uma mola para sustentar o peso, não surtiu efeito, porque o motor, a partir de certo ponto, não desce mais, por conta da mola ser bem resistente. Outra coisa é que a mola possibilita que o motor pule, eventualmente, ocasionando a soltura da correia das polias.

Pensei numa solução, usando contrapeso, para anular o peso do motor. Fui orientado de que deveria instalar um contrapeso igual ao peso do motor. Entretanto, para um motor de 24kg, usei 21kg de contrapeso. O que aconteceu foi que, ao liberar o mecanismo, o motor subiu rapidamente e o peso desceu o máximo que podia. Dava a impressão de que o contrapeso era bem mais pesado que o motor. Resultado: as correias soltaram-se das polias e uma case caiu. Se o motor estivesse funcionando, as correias teriam sido avariadas.

Não consegui achar nada na internet referente à relação/proporção do contrapeso com o peso a ser balanceado. Como comentei, um metalúrgico conhecido disse que o peso tem que ser igual. Entretanto, num portão o peso deve ser nulo, porque dá para levantá-lo até com uma mão. No caso do motor da esquadrejadeira, só quero aliviar um pouco o peso, para não forçar as peças na hora de operar o volante.

Observo que, como o contrapeso já está instalado, a retirada dele para diminuição do peso é complicada. Então, antes que eu faça tentativas frustradas, reinstalando o contrapeso errado, peço que alguém que trabalha com portões, ou algo similar, esclareça qual a relação dos dois objetos, tipo se o contrapeso deve ter 40%, 50% do peso do motor...

Um abraço a todos,

Edilson Tiradentes

Editado: por ter sido postado em local errado, peço à moderação o favor de mover este tópico para "Duvidas Gerais".
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Mensagem por Arcamo » 16 Out 2011, 08:28

Edilson,
Não conheço o sistema e certamente vai se apresentar a solução pelos experientes que ainda não acertaram o relógio para o horário de verão, por isto não chegaram aqui. No entanto sei que você está no campo da física onde tem um nome muito famoso "máquina de Atwood", veja o link com algumas imagens: http://www.google.com.br/search?q=m%C3% ... 69&bih=733

Artemio
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Construção de contrapeso

Mensagem por Marcao » 16 Out 2011, 13:05

Edilson meu filho, teria como voce tirar uma foto desse sistema, pois nao entendi direito, se voce quiser bato umas fotos do sistema que tenho na minha e ai podemos fazer um confronto, talvez modificando alguma coisa nao precise de contra-peso.


Marcao
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Construção de contrapeso

Mensagem por terere » 16 Out 2011, 15:49

Edilson, acredito que o problema esteja no mancal e na extrutura onde está fixado o mesmo, pois tanto o volante como o fuso, achei bem extruturados pra o serviço de levantamento da serra e do motor! No mancal, observa-se muito atrito do volante no mesmo, e a extrutura onde está fixado, achei fraco! O mancal deveria ter rolamentos axiais ou de encôsto pra poder girar o volante sem atrito, onde tiraria bastante peso! Disse tudo isso baseado no que vi nas fotos hospedadas no Flickr de Edilson Tiradentes!
Um abraço!
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Construção de contrapeso

Mensagem por Edilson » 17 Out 2011, 11:27

Olá pessoal,

Primeiramente, quero agradecer à Moderação por ter mudado o tópico para o lugar certo. Pela proximidade dos assuntos, postei uma dúvida no lugar de dicas.

Quanto ao problema que estou tendo, observo que minha preocupação é quanto à integridade do volante, que descobri que não é de alumínio, como sempre pensei, mas sim de plástico. Com o tempo, forçando para girá-lo, posso acabar quebrando o coitado. Não seria difícil trocá-lo por um de metal, mas também tem a questão de que o peso do motor, uns 24kg, pode acabar comprometendo a estrutura que segura o mancal.

Prezado Laerte, agradeço seu interesse, inclusive olhando a galeria de fotos do flickr. Eu não conheço pessoalmente os outros sistemas, ou alguma outra máquina que usa um fuso igual ao da minha, mas achei que ele é meio fino. Talvez seja impressão minha. Antes de desmontar a esquadrejadeira para reforma, mantinha uma pilha de tijolos embaixo do motor, na tentativa de aliviar o peso, quando a máquina estava parada. A impressão que eu tinha era que o fuso estava entortando, por isso a dificuldade de girar o volante. Quando desmontei a maquina e tirei o fuso, verifiquei que ele estava normal (reto). Presumi, então, que a dificuldade de girar o volante estava na questão do peso, em si.

Os sistemas que conheço, pessoalmente, para levantar os mancais e eixos, mantendo o volante na vertical, são dois.

A foto mostrada abaixo é da tupia Acerbi, onde a altura do eixo onde são colocadas as fresas é regulada por sistema de cremalheira, ligada ao volante. A engrenagem encosta-se ao eixo na parte em que ele tem dentes. Conforme ela gira para um lado ou outro, o eixo levanta-se ou abaixa-se.

Imagem


Outro sistema é do da minha desengrossadeira, onde um mecanismo do tipo de coroa e pinhão também movimenta um eixo, ligado à base da mesa da máquina. Na verdade, o termo certo acho que é engrenagem cônica, mas não estou bem certo disso. De qualquer maneira, girando o volante, ligado à coroa, o pinhão (que está ligado ao eixo por um fuso) também gira, levantando ou abaixando o eixo. É mais ou menos como na foto abaixo.

http://1.bp.blogspot.com/_j54rBjWXS-Q/S ... conica.jpg

Além desses, tem o munhão, mas é muito complicado e de construção cara, por isso as máquinas que têm esse sistema são mais caras. Esse sistema é o melhor que existe para montar um mecanismo que levanta e abaixa o disco de serra, e ao mesmo tempo possibilita a inclinação do disco, a 45º, por exemplo. Se procurarem na Internet por trunnion, encontrarão vários modelos.

Como comentei em outros tópicos, o sistema da esquadrejadeira Acerbi é bem espartano. Seu mecanismo é bem simples, fácil de construir (e de copiar), mas tem esse inconveniente de forçar o fuso. A razão disso é que o peso do motor é sustentado pelo fuso e também pelas correias. Acredito que o desgaste das correias é maior nesse sistema. Na foto a seguir, aparece a mola que testei primeiramente (eu ainda não a tinha removido). As correias não ficaram esticadas porque o motor está apoiado em tijolos.

Imagem

Laerte, não entendi sua observação quanto a colocar um rolamento no fuso. Na foto abaixo, já com o contrapeso e sem motor, é mostrado o mancal. Há uma pequena peça, que tem uma rosca, onde entra o fuso. Essa peça também tem um furo que passa um pino, que prende o mancal. Conforme gira o volante, o fuso empurra ou puxa essa peça. Por ser presa ao mancal com um pino, ao se movimentar para frente ou para trás no fuso, vai girando, para não prender o sistema. Minha suspeita está no peso do motor porque, sem ele, eu consigo movimentar o volante facilmente. Inclusive com um manete que coloquei provisoriamente no volante. O peso do suporte do motor (que deve ser de 1kg ou mais) não influi na movimentação do sistema.

Imagem

Abaixo, o sistema completo, com volante e manete.

Imagem

Acredito que a relação do contrapeso tem que ser menor, talvez a metade do peso do motor, porque se forem iguais, quando um dos pesos fica abaixo da linha do outro, acaba descendo rapidamente.

Marcão, se puder postar fotos do sistema de movimentação da altura do disco de sua esquadrejadeira, eu agradeço. Acredito que outras idéias e sugestões possam ajudar a melhorar o sistema da minha máquina. De repente, existe uma maneira simples de resolver este problema, e eu não consigo enxergar.

Obrigado a todos e um grande abraço,

Edilson Tiradentes
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Mensagem por Marcelo Amorim » 17 Out 2011, 11:38

Fisicamente ... parte do peso está sendo "segurado" pelo pino que articula o suporte do motor ...
então não são os 24kg ( embora , em Física , kg é medida de massa ... kkk )
Como o motor está mais próximo do contra-peso que do pino articulador (????) ,
o ideal é vc ir fazendo umas experiências partindo da metade da massa ... uns 10 a 12kg primeiro e ir diminuindo ... ou não ... :D

É claro que não consideramos os atritos das roldanas , cabos de aço e outros ...
Por isso , os ajustes locais são mais fáceis que cálculos onde não temos todas as variáveis :D
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Mensagem por Edilson » 17 Out 2011, 13:06

Olá Marcelo,

Todas as suas observações procedem. Um dos problemas que enfrento é que há pouco espaço para dispor as peças dentro da carcaça da máquina. Tanto o suporte que sustenta a roldana, como outras partes, são provisórios. Como diriam os cientistas, isso é um modelo matemático. :lol: Pretendo também trocar a roldana atual por uma menor. O que dificulta mais, entretanto, é a retirada do contrapeso, pois trabalho sozinho e não tem uma posição boa para pegá-lo. A retirada do contrapeso para diminuição do peso, recolocação dele e ainda a recolocação do motor é um processo bem doloroso. Queria evitar isso, caso alguém já tivesse o conhecimento empírico (experiência) nessa área. Imaginei que alguém que constrói portões basculantes possa saber.

De qualquer maneira, obrigado pelas observações. Como diriam: a luta continua...


Um abraço a todos,

Edilson Tiradentes
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Editado pela última vez por Edilson em 18 Out 2011, 00:17, em um total de 1 vez.
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Mensagem por msmith1701 » 17 Out 2011, 14:22

Oi Edilson

O sistema dessa sua Acerbi lembra em muito o da minha Baldan SEC-1, e realmente vc levanta o motor no braço toda vez que levanta a serra e acho mais um problema neste tipo sistema, cada vez que ligo o moto, ele da um coice e pula pra cima e volta fazendo uma certa pressão na ponta do eixo e consequentemente nos rolamentos. Consegui minimizar esse coice com uma tiras de borracha presas no suporte do motor e na parte de baixo da maquina, mas isso exige mais força na hora de levantar a serra.

Talvez uma soluçao para esse casos fosse um esticador rigido ligando o suporte do motor ao eixo e esse seu sistema de contrapesos. Tanto a minha tupia como a furadeira horizontal trabalham com esticadores fixos.

Qto ao contrapeso, com sou curioso, acompanhei a montagem aqui do portão de casa, e nos contrapesos eles tinha uma caixa de metal e enchiam com umas microesferas de ferro que devem ser refugo de algum tipo de produção, pois eram irregulares, mas que se amoldavam dentro das caixas, só que o sistema era empirico eles iam colocando até dar o equilibrio. No meu vizinho aconteceu a mesma coisa, só que esse preenchimento era feito com uns disquinhos de ferro de no maximo 5mm, tb acredito ser refugo de alguma outra coisa, mas tb de forma empirica, iam compretando até dar o equilibrio.


Abs,
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Mensagem por terere » 17 Out 2011, 15:45

Contrapeso de portão é como o Mauricio descreveu, uma caixa metálica onde se adiciona sucatas de ferro, e em alguns casos até areia seca, até dar o contrapeso desejado!
Com relação ao mancal, este que articula junto com o fuso, o desencontro dos eixos, o de fixação na estrutura e o de passagem do fuso, cria um atrito enorme da rosca do mesmo com a rosca do mancal, tipo alavanca, porisso eu acho que fica um pouco pesado o rosqueamento! Coloquei uma imagem aleatória, onde o furo do mancal onde estaria a rosca fêmea de passagem do fuso, ( na imagem não está bem centralizado ) fica centralizado em relação ao eixo de fixação nos suportes, onde tendo uma pequena folga interna ( não precisa de rolamentos como citei ) vai girar sem atrito!

Imagem

Um abraço!
Laerte
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Mensagem por Edilson » 18 Out 2011, 00:52

Olá Maurício,

Realmente esse sistema é bem chatinho. No caso do meu motor, acho que com os 24kg dele o tranco não é suficiente para alterar alguma coisa. Só quando eu coloquei a mola que ele ficou meio bambo. Mas nessa ocasião nem liguei o motor, porque no ensaio inicial verifiquei o fracasso do experimento. Prender o suporte também é complicado, justamente pelo problema que você relatou com as tiras de borracha.

Uma coisa que eu friso é que o sistema tem que ser móvel, ou seja, não dá para fixar o motor em algum ponto, justamente porque ele acompanha o movimento do mancal. O que muda nessa relação é o ângulo entre eles.

Essa solução baseada no contrapeso surgiu quando não deu certo o recurso da mola, e eu pensei em outras possibilidades. A primeira que pensei foi instalar um conjunto de movimentação de portão basculante, inclusive o motor. Como a coisa era complicada, acabei lembrando do contrapeso. Na minha casa o contrapeso é só em uma caixa lateral. Segundo o instalador, o portão foi pesado e o mesmo peso (60kg) foi usado no contrapeso. A partir desse princípio, idealizei o sistema. A caixa foi feita de chapa de calha de chuva e os pesos, peguei na metalúrgica vizinha.

Laerte, realmente o pino transversal ao fuso gira dentro de um furo comum. Inclusive em uma das pontas, além da porca, ele rosqueia na chapa do mancal. Acredito até que a colocação de um rolamento em cada lado da peça iria otimizar um pouco o desempenho do sistema, mas o problema é que a usinagem da peça deve ser dispendiosa. Um detalhe importante a ressaltar foi que descobri, ao levar o suporte do motor para o meu vizinho metalúrgico soldar, é que nem todos fazem solda em ferro fundido. Tive que levar a uma tornearia, onde foi cobrado R$ 40,00 só para soldar um pedaço de ferro no suporte.

De qualquer maneira, vou tentar fazer mais algumas experiências nessa semana, se eu tiver tempo.

Se não der certo, já tenho algumas idéias em mente. Alguém aí entende de talha elétrica? :roll:

Um abraço a todos,

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Mensagem por Marcao » 18 Out 2011, 19:47

Edilson meu filho, segue as fotos, eu reparei que na sua, o fuso nao vai ate o fim e nao fica acoplado na lateral, igual ao da minha, sera que pensando melhor, levar ele ate o fim(um fuso maior), sera que nao é uma alternativa?


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Mensagem por Edilson » 19 Out 2011, 01:06

Olá Pessoal,

Hoje de manhã eu consegui fazer mais umas tentativas na instalação do contrapeso. Primeiro tirei quase a metade do peso, depois fui acrescentando, semelhante ao método usado pelo pessoal que instalou o portão do Maurício. O contrapeso, com aproximadamente 16 kg, parece que ficou bem dimensionado para aliviar o peso do motor. O mecanismo funciona bem mais suave, inclusive quando eu uso a manete (cabo/manopla) do volante. Entretanto, à medida que o motor vai subindo, as correias afrouxam. A conclusão a que cheguei é que o contrapeso realmente ajuda para facilitar a operação de movimentação do conjunto, mas eu tenho que idealizar uma solução para manter o motor sempre à mesma distância do mancal.

Marcão, muito obrigado pelas fotos e vídeo. Como dizem, as imagens falam mais que mil palavras. Pode-se ver que o sistema de sua máquina é mais aperfeiçoado. Quando eu menciono movimentar o mancal com facilidade, é justamente isso que você demonstrou. Pela rapidez que o fuso gira e o mancal movimenta, acredito que você não teve que fazer muita força. Depois de tentar melhorar o sistema de contrapeso, se não der certo, já estou imaginando adaptar um fuso que vá até a outra lateral da máquina. Talvez não dê para usar o fuso atual, pois acho que ele é fino para agüentar o peso e pode envergar, se tiver emenda. Mas a solução da sua esquadrejadeira é muito boa, por isso vou até orçar umas peças e serviços para ver se é viável essa mudança.

Um grande abraço,

Edilson Tiradentes
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Mensagem por Marcao » 19 Out 2011, 20:55

Meu filho Edilson, tava eu e o Sidney conversando por telefone agora a pouco( 1hora e 26 min kkk) e notamos que talvez essa peça esteja invertida, será que mudando a posição dela para baixo nao resolva o caso? Ele disse tambem e eu concordei, o volante esta muito alto, se abaixar ele junto com o fuso, talvez melhore.


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Mensagem por Jairo » 19 Out 2011, 22:38

Edilson, boa noite!
Vou dar pitaco...tentando relembrar minha aulas de física na faculdade...faz tempo. A grosso modo, sem considerar outras forças, para cada polia instalada num sistema, a quantidade de força necessária para movê-la é a metade. Tentando traduzir, visto que nem eu mesmo entendí...rsrs. Caso você tentasse elevar 100 kg de alguma coisa, ao colocar uma polia entre você e o material, seria como se você dividisse o peso em dois, você faria força para elevar 50kg, e assim sucessivamente. A título de sugestão, você considerou a possibilidade de instalação de uma mola de compressão no fuso de elevação? Assim quando você elevasse o mancal, a mola diminuiria seu esforço sobre o sistema.

Abraços,
Jairo Pinheiro.
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Mensagem por Edilson » 20 Out 2011, 00:30

Olá Pessoal,

Marcão, eu comprei essa esquadrejadeira usada há alguns anos e, sinceramente, não me lembro se na época ela tinha essa peça invertida, e muito menos se o volante era duro assim para girar. Eu vi em alguma mensagem que postei, em 2008, que estava desmontado a máquina naquela época. Depois disso, desmontei várias vezes, inclusive com intenção de pintá-la. Mas como numa dessas vezes pensei que era o fuso que estava torto, mas não encontrei nada, acabei montando outras vezes, sem mexer nas peças.

Normalmente quando vou desmontar alguma coisa, quando não tenho como fotografar, eu desenho as peças e suas posições. Da esquadrejadeira, tenho um desenho com as peças, mas não me lembro se tem a posição certa dessa peça ficar. Amanhã irei verificar isso. Pra dizer a verdade, torço para que a peça esteja invertida. Eu montei o fuso e o mancal sem ver o desenho, então a idéia de vocês pode estar certa. Tomara! Eu já não agüento fazer tanta experiência.

Essa questão da desmontagem me fez lembrar um camarada que desmontou uma serra, do tipo da Harvey que o pessoal aqui comprou, para trocar o mecanismo de movimentação do mancal (arbor) que tinha quebrado. No final ele mostra uma foto de uma arruela, ao lado de uma peça, e comenta: achei o local onde deve ficar a arruela, que estava perdida debaixo da máquina. Só por curiosidade, posto abaixo a troca da peça que compõe o mancal e seu sistema de elevação, o munhão ( trunnion). Realmente, se não prestar atenção, acaba sobrando peça depois de montar. :lol:

http://www.woodworkerswebsite.com/refurbishing.html

Quanto à posição do volante, hoje eu dei uma olhada rapidamente na máquina, pensando como poderia instalar um fuso de uma lateral à outra, igual à sua máquina. Uma coisa que constatei é que há pouco espaço entre o fuso e o motor. Não verifiquei direito isso, porque teria que tirar os tijolos que sustentam o motor e medir com as correias no lugar. De qualquer maneira, para abaixar o volante, eu teria que fazer um furo na carcaça, e isso eu só faria se tivesse certeza de que a mudança surtiria efeito.

Jairo, quanto à questão da roldana/polia que sustenta o contrapeso, acho que você tem razão. No teste que fiz, o motor parece que tem menos da metade do peso real. O problema, como relatei, é a questão das correias que afrouxam, conforme o motor sobe.

Essa questão da mola de compressão não entendi direito. Você sugere que eu coloque a mola na ponta do fuso, puxando para cima? Se for assim, aí teria o problema que, quando o mancal fosse para baixo para esticar a mola, eu teria que fazer mais força, e é justamente isso que eu estou querendo evitar, para não quebrar alguma peça. Se possível, explique melhor, porque toda sugestão eu estou considerando.

Obrigado e um grande abraço a todos,

Edilson Tiradentes
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Mensagem por Tomazelli » 20 Out 2011, 01:39

Edison, beleza?

Eu vi as fotos da sua máquina e da máquina do Marcão e vi que há uma diferença importante entre elas. A do Marcão possui um braço articulado entre o fuso e o mancal. Esse braço articulado que possibilita que o fuso seja fixo, preso até a traseira da máquina. No caso da sua o fuso fica preso diretamente ao mancal, possui um mecanismo articulado, mas não é um braço igual a máquina do Marcão. Dessa forma, pelo que eu entendi, o fuso e o volante da sua máquina angula junto com o mancal, é isso mesmo? Se for isso não teria como deixar o fuso fixo, pois não há aquele braço articulado que faz a união e angulação entre o mancal e o fuso fixo.

Sobre a questão de peso, força e roldanas, uma roldana fixa, como parece ser o caso que você está usando, apenas inverte o sentido da força. Para dividar a força pela metade é necessário usar uma polia móvel.

A principal questão que vejo é que o próprio peso do motor faz a função de esticar a correia. E como o motor fica fixo em um suporte a parte, independente do mancal, conforme a elevação do mancal, da serra, o ângulo entre eles varia, dificultando ou impossibilitando colocar um esticador fixo. Assim você precisa regular o contrapeso para um peso (ou uma massa) que alivie o peso do motor mas ao mesmo tempo deixe uma "sobra" de peso que seja suficiente para tencionar a correia, nas mais variadas alturas do mancal.

Me parece o típico caso de ir na prática mesmo, assim como o pessoal falou sobre os portões. Uma caixa e ir colocando peso aos poucos, até achar um peso que satisfaça o desejado.


Pelo que eu vi, na máquina do Marcão o próprio motor faz o papel de esticar a correia também, mas se não estou enganado, esse braço articulado que já comentei antes, além de fazer a articulação, deve fazer uma espécie de alavanca, diminuindo o esforço dobre o fuso, o volante da serra. Não tenho bem certeza se esse braço faz uma alavanca, teria de desenhar e estudar o caso, já faz muito tempo que não estudo física. rs

Abraço!


PS. Revendo as fotos lá do início agora voltei para editar a mensagem. Se esse braço articulado da máquina do Marcão realmente faz uma alavanca, essa peça que tem na usa máquina, se for invertida para baixo, como sugeriu o Marcão e Sidney, pode dar esse mesmo efeito de alavanca. Bem menor, pois é uma peça menor que o braço articulado, mas de repente ajuda bastante.
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Mensagem por Edilson » 20 Out 2011, 07:57

Olá pessoal,

eu inverti a peça que o Marcão comentou, hoje de manhã, e parece que ela fica mais natural, e o fuso não prende tanto perto do mancal. Acho que realmente estava instalada errada. Entretanto, ainda continua o problema das correias ficarem frouxas. Abaixo posto fotos de como ficam.

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Agora estou indo trabalhar, mais tarde posto outras considerações, porque estou sem tempo.

Um abraço,

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Mensagem por Valdecir » 20 Out 2011, 11:00

Olá Edilson.

Percebo que sua motivação ao tentar instalar o sistema de contrapeso é reduzir o esforço para elevar e abaixar a serra não é mesmo?
E esse esforço te preocupa pois pode até mesmo vir a danificar o volante que é de plástico.

Se me permite uma opinião, penso que sua Acerbi quando concebida, tinha o funcionamento leve e bastante suave, no entanto acredito que esse “peso” anormal se deu devido ao desgaste natural da barra rosqueada e daquela porca grande a qual não sei nome.

Considerando que as partes móveis do motor estão limpas e lubrificadas, penso que a solução está na substituição de ambas as partes e acredito ainda que pode ser feito um up grade por peças de maior diâmetro, o que diminuiria ainda mais o esforço.

Abraços e sucesso com sua Acerbi!
O chefe diz vai, o líder diz vamos!
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Mensagem por Marcao » 20 Out 2011, 19:19

Meu filho Edison, tente por o motor mais para baixo(ou para frente), esse problema da correia estar frouxa deve ser por causa que o motor esta muito para cima, e assim o proprio peso do motor esticaria a correia.


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CGusmao
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Construção de contrapeso

Mensagem por CGusmao » 20 Out 2011, 20:14

Edilson,

O problema e que o sistema original previa o esticamento das correias pelo peso do motor, ou seja, o motor era elevado ao ser puxado pelas correias.
A idéia de colocar um contrapeso para reduzir o esforço e preservar o mecanismo é muito boa, porém implica no alivio de peso do motor, responsável pela tensão das correias.
Como a distância entre a polia do fuso e a polia do motor tem que se manter constante, talvez a solução fosse a colocação de um esticador, além do contrapeso. Desta forma o peso do conjunto seria aliviado, mas a correia permaneceria esticada.

Seria algo assim:

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